URTICACEAE

Urera nitida (Vell.) P.Brack

LC

EOO:

1.840.537,36 Km2

AOO:

284,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre no estado de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Romaniuc Neto; Gaglioti, A.L. In Lista de Espécies da Flora do Brasil; Forzza, R.C. et al., 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: LC
Justificativa:

Apesar de ser endêmica do Brasil, está espécie possui um EOO amplo e é comum nas margens de rios brasileiros. Ocorre com frequência em Unidades de Conservação e em grandes populações.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Napea 1: 7. 1987. Nomes populares: "Urtiga" e "Urtigão" (Gaglioti, 2011). U. nitida (Vell.) Brack é geralmente confundida com U. baccifera, diferindo-se principalmente pela forma, textura e indumento das lâminas foliares (Romaniuc Neto et al., 2009).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Em amostragem realizada em floresta ombrófila densa, no município de Araranguá, no estado de Santa Catarina, apresentou apenas 1 indivíduo por hectare (Martins, 2010).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila densa, floresta ombrófila mista, floresta estacional semidecidual, formações campestres e restinga (Romaniuc Neto; Gaglioti, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1 Forest
Detalhes: Caracteriza-se por arbustos dióicos, raramente monóicos, atingindo de 0,5-2,5(-4)m de altura; floresce entre os meses de Fevereiro a Abril, e de Agosto a Dezembro, frutifica de Janeiro a Junho (Gaglioti, 2011; Brack, 1987); apresenta síndrome de dispersão zoocórica (Mikich; Silva, 2001).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national very high
​A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat são: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
4.4.3 Management
Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Reserva Biológica Augusto Ruschi, no estado do Espírito Santo; Parque Estadual do Lago Azul, Reserva Natural Salto Morato e Parque Estadual Mata do Godoy, no Paraná; Área de Proteção Ambiental do Cairuçú e Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; Parque Natural Municipal São Francisco de Assis e Parque Municipal Lagoa do Peri, em Santa Catarina; Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Jacupiranga, Reserve Ecológica da Juréia, Parque Estadual da Cantareira e Parque Estadual Morro do Diabo, em São Paulo (CNCFlora, 2012).